quinta-feira, 6 de abril de 2023


 O púlpito

1. O púlpito pertence ao pastor da igreja. Sua tarefa primeira é servir o alimento ao povo. Portanto, terceirizá-lo é renunciar a uma responsabilidade exclusivamente sua.
2. Com isso, não quero dizer que outras pessoas não possam pregar sob sua autoridade e que não se possa convidar alguém para eventualmente contribuir com a pregação em momentos específicos da vida da igreja.
3. Só que deixar que outros preguem o tempo todo, enquanto o pastor permanece apenas como mero administrador, é transferência de responsabilidade e se constitui em anormalidade.
4. O Salmo 23 tem a medida perfeita para nos ensinar sobre o assunto. Embora ali fale sobre o Sumo Pastor, é perceptível por analogia que o papel principal do pastor de uma igreja é levar as ovelhas aos “pastos verdejantes e às águas tranquilas”.
5. Todavia, por que muitos terceirizam a pregação?
a) ocupam-se com tantas outras coisas que não dispõem de tempo para preparar-se e preparar os seus sermões;
b) tornam-se pastores por conveniência de toda ordem, mas não têm vocação para o pastoreio;
c) acham que depender do Espírito Santo lhes dá o direito de agirem com imprevisibilidade;
d) são nuvens vazias que deixam o pasto ressequido, as ovelhas desnutridas e a mercê de lobos cruéis;
e) acostumaram mal o rebanho com algodão-doce, festas, eventos, plumas, colorido que preferem manter esse tipo de situação, visando apenas ter uma igreja cheia, um caixa transbordante;
e) em suma, não são legítimos pastores.
O discurso é duro, mas é o retrato da realidade em muitas de nossas igrejas, onde há de tudo, menos a proclamação bíblica.
Queridos colegas, pastoreiem o rebanho que o Senhor lhes confiou. A tarefa, repito, é exclusivamente sua e de mais ninguém.

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