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Vejamos, de maneira detida, nesta postagem, alguns pontos que têm sido fatores de desestímulo para uma boa e eficiente Escola Dominical:
1) A idéia de que a Escola Dominical é como um culto de celebração, segundo os padrões tradicionais, onde as pessoas participam mais pensando em serem tocadas nas emoções do que na razão. Muitas igrejas há que incutem essa idéia na mente dos crentes de maneira que o resultado final é zero porque as pessoas esperavam algum tipo de manifestação emotiva, e não de exercício mental.
2) A reunião das classes dentro dos templos, em que os professores disputam entre si para ver quem fala mais alto, sem que disponham de espaço físico para uma boa aula e conseqüente aproveitamento dos alunos. Estes acabam desmotivados, deixam de freqüentar a Escola Dominical e ela fica esvaziada.
3) A falta de preparo dos professores, que ficam estagnados no tempo, não se atualizam, nem se aprimoram e, por isso, deixam de ser bons facilitadores para o aprendizado de seus alunos por não saberem aplicar o ensino ao seu dia-a-dia. É claro que uma Escola Dominical assim terá pouca motivação para crescer.
4) A própria visão ministerial de algumas igrejas, que não dão à Escola Dominical a prioridade que lhe é de direito, mas tratam-na como se fosse um complemento de pouca importância no organograma dos propósitos de sua existência. Se a igreja pouco ou nada se importa, que mensagem passará aos membros?
5) O desinteresse da liderança, que não valoriza a Escola Dominical, não comparece e deixa de se pôr à frente, tal qual um líder, fazendo com que seus liderados desenvolvam também o mesmo comportamento. Ora, se à liderança não importa, por que devo eu importar-me?
6) A forma instável de a liderança da igreja lidar com processos, sem saber o que quer, por onde ir e aonde quer chegar. É o caso daquelas que “surfam” nas ondas que aparecem. Nem bem uma passou, já estão “pegando” outra. Com isso, não conseguem firmar o projeto da igreja numa direção sólida e consistente E a Escola Dominical acaba sofrendo os reflexos disso.
7) A ansiedade de alguns em serem o pai da mais recente novidade sem que pesem o valor intrínseco dela, sua viabilidade e aceitação, bem como se acarretará prejuízos ao rebanho. Com tal comportamento, a Escola Dominical, é claro, sempre será o último vagão do trem (se o for!), pois a prioridade é a mais nova descoberta que fez a igreja.
Isto explica, em parte, as razões pelas quais a Escola Dominical tem sido relegada ao segundo plano em diversos segmentos da Igreja, fazendo com que ela perca, para estes, não só a sua singularidade histórica, mas a sua relevância para a época presente. Explica, mas não justifica. Na verdade, o que precisamos é ter a dimensão exata do que a Escola Dominical representa para a Igreja, qual o seu papel nesta era pós-moderna e como atualizá-la para que se torne uma ferramenta amada e desejada pelos membros como indispensável para o seu crescimento espiritual. Recriá-la é a palavra-chave, pois não implica em fazer uma coisa nova, mas em dar a ela as condições necessárias para que se renove e tenha hoje a mesma relevância que teve no passado, desde quando foi iniciada por Robert Raikes. Na próxima postagem, veremos como recriar a dinâmica estratégica da Escola Biblica Dominical.
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