Em que pese o slogan "Somos um Rio" ter sido o mote de campanha de Eduardo Paes, e sem nos esquecermos de que as belezas cariocas nos permitem considerar, ainda, o Rio de Janeiro como a "cidade maravilhosa", temos sido alvejados nos últimos anos por uma saraivada de problemas por culpa dos governantes da hora - Cabral e Paes - que somos obrigados a repensar que tipo de Rio temos sido.
Somos um Rio em que Sérgio Cabral e Paes governam para os ricos e não se preocupam se a periferia está abandonada às traças pela ausência contínua e sistemática do poder público.
Somos um Rio em que o negócio é "revitalizar" o centro a toque de caixa, varrendo os pobres da área para as regiões mais distantes ou tentando escondê-los com uma espécie de "tapume" que margeia vias como a Linha Vermelha.
Somos um Rio em que pela ineficiência de Cabral, Paes e companhia desistiu de entregar as obras de revitalização a tempo da Copa do Mundo em 2014, embora rios de dinheiro escorram dos cofres públicos para elas.
Somos um Rio em que as prometidas casas para os desabrigados da catástrofe que atingiu a região serrana ainda não saíram do papel, enquanto verbas para socorros emergenciais foram desviadas.
Somos um Rio em que o Governador, em seu delírio de querer encher as burras dos empreiteiros (e quem sabe as suas) não tem escrúpulo em tentar destruir o patrimônio histórico do Rio, como o prédio do Quartel Geral da PM.
Somos um Rio em que o Governador só voltou atrás em sua ânsia de destruir o Parque Aquático Júlio Delamare e o Museu do Índio por causa da pressão da opinião pública, diga-se de passagem, as manifestações pacíficas.
Somos um Rio em que a Jornada Mundial da Juventude, com a vinda do Papa Francisco, mostrou que, termos de mobilidade urbana, não estamos em condições de sediar eventos de grande porte como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Vendemos algo que não podíamos entregar.
Somos um Rio em que o prefeito, ao invés de priorizar o transporte sobre trilhos (metrô, trem e VLT), continua manipulado pela "máfia" dos transportes, enchendo as ruas cada vez mais de ônibus e construindo vias expressas com BRTs (Bus Rapid Transports), um sistema ultrapassado que não dá vazão ao grande volume de passageiros, além dos acidentes e atropelamentos, como os muitos já ocorridos no trecho Barra da Tijuca - Santa Cruz.
Somos um Rio em que o estouro da tubulação da CEDAE, em Campo Grande, com a inundação de mais de 200 casas, mostra o desleixo com que Cabral trata o patrimônio público, com a única finalidade de um dia, se ninguém levantar a voz, passá-lo à iniciativa privada.
Somos um Rio em que o Governador vive no mundo da lua, aliás, de Paris, e não se dá conta que perdeu o controle das rédeas do governo. É um "pato manco", na linguagem empregada nos EUA para políticos com esse nível de desgaste.
Somos um Rio dos "guardanapos na cabeça", dos sapatos louboutin, das festanças parisienses regadas a champagne que custam os olhos da cara para os simples mortais, das mansões de Mangaratiba, de apartamento luxuoso na Lagoa Rodrigo de Freitas e até de apartamento na cidade das luzes - Paris.... para Cabral e sua turma.
Esse não é o meu Rio. Podemos ter outro? Creio que sim, se valorizarmos a consciência política nas urnas em 2014.
4 comentários:
Pastor Geremias:
Triste realidade essa, mas não vivenciada por seu Estado. Aqui em SC as coisas também andam numa calamidade assustadora. Porém, como o RJ vai receber uma Copa do Mundo e uma olimpíada, as coisas ficam mais graves e irritantes para quem possui um mínimo de senso crítico. O pior é ver certos líderes evangélicos apoiando essa política mesquinha e desumana.
Deus abençoe!
Caro pr. Geremias do Couto
Paz amado!
Ler a sua matéria com plena consciência do que passa, ou do que passou, ou sinal do que passarái, nos permite identificar a falta de seriedade em um Estado que foi destruído aos poucos com a desgraçada atitude dos políticos sem caráter e adoentados pela corrupção.
A anestesia é geral e o paciente Estado, nada sente e pensa que tudo está muito bem.
Quem conheceu o Rio de Janeiro, Capital do antigo e ilustre Estado da Guanabara, pode afirmar que o engano tomou conta do interesses da sociedade pelos interesses covardes dos políticos. Políticos que assinam embaixo - e por debaixo - as suas maracutaias em meio ao caos de uma sociedade sofrida em seu desconhecimento exato do que passa no mundo e3m qualidade de vida.
Considero uma tremenda covardia a ação vergonhosa dos governantes deste Estado.
Não há vergonha na cara e fazem o que desejam na maior simplicidade.
Entendo que o Rio de Janeiro transformar-se-a em um caos social nos próximos dez anos. Não haverá condições normais à Família.
A igreja se tomar a sua atitude conforme a Palavra de Deus poderá influenciar positivamente nas necessárias mudanças, portanto, vamos á obra.
O Senhor seja contigo, nobre pastor,
O menor
Escrevi na postagem que o desleixo de Cabral com o patrimônio público, mais especificamente no caso da CEDAE, era para entregá-la à iniciativa privada.
Não deu outra. Hoje já anunciou à imprensa que não terá outro recurso senão passá-la ao "controle externo", um eufemismo para a privatização.
Esse é o Cabral, sempre a serviço dos empresários.
Descobri o seu blog por acaso. Gostei e estou seguindo. Faça uma visita em meu blog e se gostar, por favor, siga-o também! http://www.codigodabiblia.com/
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