segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Um poema que canta a vida



Enquanto a segunda postagem da trilogia prometida sai do forno, segue um de meus poemas bissextos.

Águas

As águas que correm em certos rios
Não me trazem encanto.
Não me atraem os seus espelhos
Degradante é seu lodo,
Asfixiantes os seus detritos,
Suas corredeiras gritam morte.
Sabem a enxofre suas margens.

O meu canto é de outras águas,
Que espalham risos e recendem mel,
Refluem vida e margeiam flores,
Marulham paz e desenham pomares
A sua luz é esperança.
O seu cheiro é da Fonte.

Não sou de certos rios.
Sou de outras águas.

Um comentário:

Rô Moreira disse...

"Não sou de certos rios, mas sou de outras águas". Tremendo!

Sou da água que tem a consistência de Espírito e Vida. Lindo!

Paz!