quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Qualquer falta de semelhança não é mera coincidência


Li o artigo: “Vivendo os sonhos de Deus”, de autoria do candidato à presidência da CGADB com o slogan “CGADB para todos”, publicado há poucas semanas em seu blog. Com um tom otimista do princípio ao fim, usou o exemplo contemporâneo de Martin Luther King e o de José, que chegou ao cargo de Primeiro-Ministro do Egito nos tempos antigos, como descreve a Bíblia, para então concluir, neste último caso, que os sonhos do personagem bíblico se tornaram “o grande anseio de sua alma e a mola propulsora de sua existência”.

Não quero discutir o tema em si, mas de imediato me veio à mente os métodos empregados por José para galgar o segundo posto mais elevado na estrutura egípcia de governo logo que se sentiu seguro do que sonhara. Sua primeira providência foi organizar uma equipe de assessores e montar uma estratégia “eficiente”, sem levar em conta questões de princípios, após certificar-se de que os seus sonhos apontavam para uma realidade bastante promissora no futuro. Reuniu o melhor do marketing eleitoral e pôs mãos à obra. Viajou o Egito de ponta a ponta e estabeleceu articuladores regionais para reunir adeptos para a sua causa... Não, não foi bem assim, queiram desculpar-me, cometi um lapso de interpretação.


A história de José se revela completamente oposta a tudo isso. Foi construída na outra ponta, sem qualquer ambição, planejamento e objetividade. Não contou com ninguém que lhe orientasse sobre como melhorar a imagem. Hoje, quando o estudamos sob a perspectiva histórica, temos a tendência de olhar o desfecho – sua ascensão ao trono – como se ali fosse o ápice de um processo planejado para tal fim e em tudo bem-sucedido.


No entanto, quando se estuda a vida de José sob o prisma unilateral da visão humana, sem o contraponto da soberania de Deus, a verdade é bem outra. Até chegar ao trono do Egito, foi o perfeito retrato de um fracassado, que, em momento algum, teve sequer a chance de lutar para que os seus sonhos se concretizassem. Não teve como conduzir, por si mesmo, a própria história. Boa parte de sua vida passou na prisão.


Se anseio houve, este permaneceu latente. Se o que sonhou foi a sua “mola propulsora”, esta sempre esteve escondida. Se esta foi a sua obsessão, teve enorme capacidade em ocultá-la. A única base em que pôde assentar a sua esperança foi a fé no Deus de Israel, jamais em qualquer projeto que pudesse levá-lo aonde chegou. Para usar a linguagem puramente humana, digamos que o “acaso” o colocou lá. Apesar de a Bíblia não registrar esses pormenores, acredito mesmo que José muitas vezes tenha pensado que foram sonhos de barriga cheia. Verdadeiros pesadelos.


Para começar, José foi, no mínimo, ingênuo. Quem lhe vendeu a idéia de contar os sonhos aos irmãos? Por que teve de se expor daquela maneira? O que deu em sua cabeça? Ele não levou em consideração que poderiam achá-lo um tremendo convencido, como de fato acharam? Um arrogante? Um petulante? Quem era José, o menor de todos, para reinar sobre os demais? Acabou sendo vendido como escravo. Ou seja, desceu ao nível mais desprezado, ignominioso, para quem sonhou em ser o maioral. Abro parêntesis: nem todos os sonhos devem ser contados. Há sempre alguém pronto atrás da porta para dar uma rasteira. Ainda bem que Deus é capaz de consertar os nossos erros.


Na casa de Potifar, não teve a perspicácia de pensar que se tratasse de uma armadilha. E que armadilha! Sem alternativa melhor, correu do lugar da cena, mas acabou por deixar nas mãos da mulher um elemento crucial de prova: a vestimenta, que foi usada sem escrúpulo algum para incriminá-lo.


Sejamos francos: é esse o José que posteriormente governou o Egito? Fosse hoje, pela sua suposta audácia de tentar conquistar a mulher do oficial, ninguém lhe daria crédito, como não deram na época. Seria mais um “Francenildo” da vida. Um obtuso com a intenção de conspurcar a honra do poderoso de plantão. Na igreja, logo apareceriam os “santarrões” munidos da “prova” para propor a sua exclusão do rol de membros, após “ser-lhe assegurado o amplo direito de defesa”.

Não. José não fez absolutamente nada para chegar ao trono do Egito. Não “mexeu os pauzinhos”. Não delegou a ninguém qualquer articulação. Não encetou uma campanha ambiciosa para convencer os súditos egípcios. Não se valeu do oportunismo, nem usou de sagacidade para convencer o Faraó. Ele chegou lá por uma única razão: a soberana vontade de Deus, que age em meio às circunstâncias mais desfavoráveis. Mas precisou, ainda, passar pelo cárcere. Que vida mais cruel! Ao interpretar os sonhos do padeiro-mor (desse ninguém gosta!) e do copeiro-mor, apenas pediu a este: “quando estiver diante de Faraó, por favor, lembre-se de mim e tire-me desta prisão!” Com efeito, não lhe passava pela mente sentar-se no trono. Somente sair dali o mais depressa possível.

Qualquer falta de semelhança, hoje, não é mera coincidência.


47 comentários:

Victor Leonardo Barbosa disse...

Olá pastor Geremias, a Paz do Senhor!

Lendo o seu artigo, pude refletir algo que já vinha observando. Infelizmente tais práticas não são efetuadas somente pelo referido candidato à presidência da CGADB,mas também por muitos modernos obreiros assembleianos.

Quando certa vez, em uma reunião, confrontei certas práticas tomadas por minha congregação, dentre as respostas dadas duas me chamaram bem a atenção:

A primeira(parafraseada, porém com elementos da frase original):

"Você sabe o significado da palavra persona não? Quando os atores da antiguidade colocavam uma máscara e interpretavam um personagem, você está em um meio semelhante"

A Segunda(essa bem mais literal):

" Guarde o sonho, se você tem um propósito ou algo parecido, espere para que tenha condições de realizá-lo"

Em ambas, me pediram para ser um hipócrita!

Abraços e Paz do Senhor!!!

EDIMAR SUELY disse...

A paz do Senhor,

Simplesmente fantástico e lúcido seu post. De qualquer maneira tenho horor a política e a políticos crentes então... (rsrs).

Desejo uma linda quinta feira e muita paz em seu lar.

Graça e paz!

Edimar Suely
jesusminharocha.blig.ig.com.br

Anônimo disse...

Engraçado que se fala tanto em ética por parte dos “grandões” da CGADB e em todos os eventos realizados por vocês se torna clara a maneira política como vocês direcionam algo que deveria ser direcionado por DEUS para sua glória. É, a verdade é que nos preocupamos muito em enxergar erros em outras igrejas mas nós assembleianos não enxergamos os nossos erros. O que dizer dessa campanha política vergonhosa tanto do lado do Pastor Samuel Câmara quanto do lado de vocês “grandões”. Paulo quando escreveu a igreja de corintios os chamou de carnais por haver entre eles discussões e divisões, a verdade é que a assembleia de DEUS está se tornando uma igreja carnal cheia de divisões e confusões infelizmente. Que o SENHOR nos ajude em nome de JESUS.
Se eu pudesse votar votaria em Pastor Samuel Câmara por entender que ele tem mais condições de unir o corpo de CRISTO como o todo e não somente entender que só a AD faz parte do corpo de CRISTO que é o que vocês acham.

Grato,

A paz do SENHOR

Juninho.

daladier.blogspot.com disse...

Prezado Pr. Geremias, é inquietante seu artigo e as leituras pertinentes. Além, obviamente, de ser um desenvolvimento do post anterior, no qual se evidenciam ecos da última eleição da CGADB. Não desejo me alongar neste quesito.
O que desejo externar é minha preocupação pela falta de opções que temos. Ou apoiamos o Pr José Wellington,e continuamos com os mesmos problemas: deficiência institucional, vagar nas decisões mais importantes, impotência para agir nas convenções, omissão diante de distúrbios doutrinários (vide Gideões Missionários), incoerência nos usos e costumes, etc. Ou elegemos o Pr. Samuel Câmara, que não sabemos o que vai fazer, além das promessas de campanha. Provavelmente, não mudará muita coisa, porque estatutariamente estará limitado, assim como esteve o Pr. José Wellington.
Talvez, o problema tenha sido poucos candidatos. Polarizaram-se as opções, além do desejo de alguns de manter o status quo. Eu lamento que tenhamos chegado a uma encruzilhada, sem sabermos que direção tomar. Enquanto isso, os problemas se sucedem numa velocidade estonteante. Comento sempre com minha esposa: O mundo caindo aos pedaços e nossos líderes atuando de maneira onírica. Sonhar às vezes é bom, mas o melhor é vê-los cumpridos.
A sorte da Assembléia de Deus é que, exceto a IURD (com seus claros desvios doutrinários), não há força denominacional concorrente. Provavelmente, é com essa premissa que contam alguns de nossos líderes. Sem imaginar até quando ela será verdadeira. Oremos!

Carlos Roberto, Pr. disse...

Caro Pr. Geremias do Couto,
Graça e Paz!
Sôbre seu texto, e justo lembrar que José aceitou todas as aparentes "derrotas" do processo, e diga-se a bem da verdade, em todas as etapas, até que por obra da soberana vontade de Deus assumiu o que tinha que assumir.
Nada manipulou, nem mesmo consciências. Nada comprou e até mesmo caluniado e injustiçado acatou as penalidades, sem procurar a justiça própria, o que humanamente lhe era um direito.
Por isso mesmo, ainda hoje continuamos falando sôbre ele.
Parabéns!
Um grande abraço!
Pr. Carlos Roberto

JB disse...

Esse slogan "CGADB para todos" me lembra o slogan de uma das muitas denominações chamada "Casa de Oração". Existe uma certa "Casa de Oração" cujo tema/slogan é "Um igreja 'para todos' os povos". Essa igreja é uma das que defende os GLBT.

Me parece muito perigoso esse slogan sendo usado para a CGADB. Pois está implicito nele que haverão algumas 'aberturas' dentro da Assembléia de Deus.

Meu medo é quando imagino QUAIS aberturas o defensor desse slogan quer fazer. Talvez ao iniciar pela abolição de certos usos e costumes, e além disso, abertura da Assembleia de Deus à possibilidade de possuir uma rede de televisão entre outras coisas, ele possa abrir a porta para legalização da ordenação feminina na CGADB (atitude já praticada dentro de algumas convenções assembleianas), e futuramente poderemos ver, quem sabe, GLBT sendo aceitos na denominação tal qual, sem necessidade de mudança de suas práticas pecaminosas.

Temo pelo futuro de umas das denominações do Pentecostalismo Histórico, mais influentes em solo brasileiro.

Jarson Brenner

Ciro Sanches Zibordi disse...

Caro pastor Geremias,

A paz do Senhor.

Este meu comentário não deve ser entendido como um desdouro à pessoa do amado pastor Samuel Câmara, a quem respeito e com quem mantenho um diálogo saudável. Digo isso porque, em épocas de eleições, qualquer palavra dita é interpretada como apoio ou perseguição a um e a outro. Meu comentário nada tem que ver com as eleições da CGADB.

Feito o esclarecimento acima, caro pastor, gostaria de elogiá-lo pela coragem de, em tempos de "sonhadores apaixonados", apresentar a verdade bíblica e irrefutável de que José não era "sonhador" coisa nenhuma! Foram os seus irmãos que zombaram dele, chamando-o de "sonhador-mor", mas ele não vivia "sonhando", como muitos pensam.

Infelizmente, os animadores de auditório têm distorcido a bela biografia do patriarca José, dando a entender que ele vivia "sonhando" de olhos abertos, almejando ser o governador do Egito. Os sonhos de José não foram projetos ou aspirações, mas revelações de Deus mediante sonhos (SONHOS, mesmo!).

Não é pecado "sonhar", no sentido de aspirar, projetar, almejar. Mas não nos esqueçamos de que, conquanto sejam bons os nossos "sonhos", eles podem não estar de acordo com a vontade de Deus.

A Bíblia diz que do homem são as preparações do coração, mas é do Senhor que vem a resposta (Pv 16.1). Davi "sonhou" construir o templo, mas isso não era vontade de Deus! Paulo "sonhou" pregar na Ásia e na Bitínia, porém isso não era vontade de Deus!

Portanto, o que foi dito pelo pastor Geremias quanto a José é a mais pura verdade.

"Sonhemos" (inclusive, na área ministerial, pois o que deseja o episcopado, excelente obra deseja), mas nos lembremos de que acima dos nossos "sonhos" está a vontade de Deus: boa, agradável e perfeita (Rm 12.1,2).

Outrossim, deixemos de lado, de uma vez por todas, essa invencionice antibíblica de que Deus planta "sonhos" nos corações. Somos livres para "sonhar" (desejar, projetar, planejar, aspirar...), mas o melhor mesmo é estar no centro da vontade de Deus e ser dirigido por Ele em tudo.

Parabéns, pastor Geremias do Couto, pela abordagem biblicocêntrica acerca do patriarca José.

Ciro Sanches Zibordi

Matias Borba disse...

Nobre Pastor,
Paz do Senhor!

Concordo plenamente com seu post, tenho orado muito a Deus para que ele coninue na direção da CGADB, o Brasil pracisa de homens compromissados com sua palavra sempre!
Homens que seja escolhidos pelo Senhor Deus!
Deus abençoe!

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Victor:

Há uma diferença entre prudência e hipocrisia, entre a hora de silenciar e a hora de falar. Muitas vezes, em nome da prudência, querem que sejamos hipócritas; em nome de "preservar" o nosso futuro, que silenciemos. Que Deus nos dê discrnimento para agir à luz de seus princípios, e não dos nossos.

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Edmar:

Não se trata simplesmente de ter horror a políticos, crentes ou não, mas de vivenciar a fé na sua dimensão bíblica em qualquer circunstância,como fez José.

Deus lhe abençoe.

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Daladier:

Nossa conversa vai longe.

Creio que a frase que melhor resume tudo o que você disse é "deficiência institucional". As demais coisas são consequências dela.

Mas também não é uma questão tão simples assim. Trata-se de um fenômeno sociológico, se podemos assim definir.

Os missionários escandinavos, que tiveram predominância na formatação administrativa da Assembléia de Deus brasileira, sempre foram contrários à idéia de uma convenção com abrangência ilimitada sobre as igrejas.

Lembro-me muito bem que o último de seus representantes, missionário Eurico Bergstén, com quem tive o privilégio de conviver e por quem nutri bastante consideração, sempre deixou clara essa posição. A meu ver, eles tinham razão. À luz do Novo Testamento, a soberania sempre é da igreja local. Só que naquela época havia o referencial apostólico, que fornecia a amálgama para dar liga à unidade eclesial. Hoje, onde estaria essa liga?

Moral da história: com exceção de alguns poucos estados, as convenções estaduais surgiram sob critérios bastante limitados para reunir os pastores, sem qualquer interferência na igreja local, a não ser por solicitação, tornando-se assim organizações institucionalmente fracas.

A CGADB não fugiu à regra. Mudar isso é tarefa quase impossivel, a não ser que os líderes se sentem, depois de bastante oração e jejum, e decidam rever a estrutura convencional de alto a baixo para fortalecer a instituição sem ferir, por outro lado, a soberania da igreja local. Este sonho se encontra no terreno do ideal, não da realidade. Sou pessimista a respeito. Ainda assim, com todas as suas limitações, a CGADB desperta interesses a tal ponto que há quem lute obsessivamente para presidi-la. Será por quê?

Esse interesse obsessivo pelo cargo, que nada tem a ver com o exemplo de José, acabou por introduzir em nosso meio as práticas da política secular de maneira tão vil que é humanamente impossível alguém sair da prisão direto para o palácio. Em outras palavras, deixar o anonimato, como alguém que estivesse escondido no campo tomando conta das ovelhas de seu pai, para uma função de destaque.

Falando agora da prática eclesiástica, houve um tempo em que pastores eram transferidos de um estado para outro, com benefícios para ambas as igrejas. Hoje, nem pensar! Não há espaço para o surgimento de um José Pimentel de Carvalho, que deixou o Rio de Janeiro e assumiu Curitiba para torná-la uma igreja forte e atuante naquele Estado; um Alcebíades Pereira Vasconcelos, que se deslocou tantas vezes e abençoou com o seu pastorado igrejas como Belém, PA, São Cristóvão, RJ, Manaus, AM, e São Luís, MA. É melhor parar por aqui.

Quanto à polarização entre apenas dois candidatos para a eleição de abril, este é o fato. Não há como mudá-lo. Talvez daqui a quatro anos o quadro possa ser mais diversificado. Assim, eu, pessoalmente, já fiz a minha escolha: pastor José Wellington Bezerra da Costa. Algumas das razões aparecem descritas no comentário do Jarson Brenner.

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Juninho (?):

Acho que você não entendeu bem o sentido da minha postagem. Não tive a intenção de "enxergar erros em outras igrejas". Ao contrário, usei um exemplo biblico citado em artigo publicado em outro blog, para, em tese, tratar de uma situação particular às Assembléias de Deus, que, pode, eventualmente, acontecer em outros arraiais evangélicos, mas que não foi o foco do meu comentário. Portanto, essa carapuça não tem a minha medida.

Deus lhe abençoe

Pastor Geremias Couto disse...

Caro pastor Carlos Roberto:

Sem dúvida, o perfil de José não é o do grande sonhador, que "armou" toda essa sequência de fatos para se dar bem. Hoje, todos o abandonariam ao largo, como abandonado foi à época. Até o copeiro-mor se esqueceu dele.

Abraços e obrigado pela participação.

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Jarson Brenner:

Essas são as perguntas que pairam no ar. Qual o sentido de "CGADB para todos"? É de fato um slogan ambíguo, que pode atender a diferentes finalidades. O intuito seria esse que o irmão descreveu no seu comentário? Que Deus nos guarde!

Pastor Geremias Couto disse...

Caro pastor Ciro:

Tal qual o irmão, também respeito o pastor Samuel Câmara. Apenas discordo dos seus métodos e manifesto as minhas divergências quando o considero equivocado. Como fiz por duas vezes em relação ao episódio da revista "Lições Bíblicas". E agora, por entender que a sua intepretação dos sonhos de José não foi a mais apropriada.

Dito também isto, é deplorável o uso do exemplo de José para dar suporte à "teologia" do "sonhe e faça acontecer". Como o irmão enfatiza, é a deturpação de uma história e o reverso do que de fato aconteceu.

Abraços e, de igual modo, muito me honra a sua participa;cão.

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Matias Borba:

Em tudo isso, a soberania de Deus é o mais importante. Paulo e Barnabé contenderam entre si. O mesmo apóstolo teve algumas "rusgas"com Pedro. A igreja de Corinto foi uma das mais facciosas. Mas Deus sempre agiu através da história. Ele também agirá agora.

Abraços

Unknown disse...

Pr. Geremias do Couto, a paz!

Em primeiro lugar parabéns pela postagem.
A tentativa do referido candidato de ligar sua história com a de José mostra um fenômeno típico no nosso pentecostalismo: “a espiritualização da mundanidade”. As pessoas passam a lutar como loucos por poderes eclesiásticos e depois querem atribuir suas “vitórias” a Deus e suas derrotas a um complô demoníaco.
Normalmente colocamos a culpa no dito “sistema”, mas em boa parte os candidatos as eleições da CGADB já poderiam aplicar melhorias nesse momento, partindo deles mesmos, renunciando qualquer tipo de coronelismo e outros vícios do “ethos sueco- nordestino assembleiano”.
Abraços!

Anônimo disse...

Caro Pastor Geremias,
Paz do Senhor,

É um prazer estar neste blog pela primeira vez(publicando um comentário).Acompanho sempre o blog do pastor Ciro Zibordi, e louvo a Deus por este blog também.Parabéns pelos excelentes artigos que tem publicado.Deveras reconhecemos a postura do amado pastor quanto aos mais variados assuntos de nossa igreja.Haja vista considerarmos o fato de o senhor ser um dos Editores da nossa ilustre CPAD.
Desejo ao senhor que as bençãos do Nosso Poderoso Deus estejam sobre ti a cada dia!!!

Evangelho sem Mistura disse...

Caro Pastor

Gostei do texto,bem esclarecedor e bate de frente com a onda do momento,"os sonhos".

E triste ver que grande parte dos cristaos estao baseando a vida em sonhos e deixando de lado a Palavra.

prlunardelli.blogspot.com disse...

Paz do Senhor
Quero lhe parabenizar Pastor Geremias do Couto, pelo fato de trazer à tona a perspicácia deste e de outros quando se refere a uma posição ou cargo de elevada estima como Presidente da CGADB, como se fosse algo qualquer. Que Deus nos guarde de gente assim, e nós Assembleianos, tenhamos como dirigente da CGADB àquele que preserva com consciência a Sã Doutrina da Palavra de Deus.

ALTAIR GERMANO DA SILVA disse...

Nobre companheiro e amigo Geremias do Couto, diante do que temos visto e ouvido nas campanhas eleitorais convencionais, enquanto alguns candidatos sonham, vivemos nós os pesadelos de dias tão cruéis.

Altair Germano

Marcello de Oliveira disse...

Shalom Pr Geremias do Couto!

1. Parabenizo-o pela excelente postagem. Que o El Deót [ Deus de toda sabedoria] continue a lhe inspirar para produzir textos como este.

2. O exercício do "poder" é deveras perigoso. O famoso político inglês Lord Acton cunhou uma célebre frase: "O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente".

3. Que o futuro presidente da CGADB tenha a marca da humildade de Cristo. Ele que era Rei se fez servo, o transcedente tornou-se imanente. Deixou sua glória, para habitar entre os homens. O Deus Eterno, entrou no tempo. O Rei dos reis não nasceu num berço de ouro, nem entrou no mundo por intermédio de uma família rica e opulenta; ao contrário, nasceu num berço pobre, numa família pobre, numa cidade pobre. Jesus nasceu numa manjedoura, cresceu numa carpintaria e morreu numa cruz. Que exemplo!

um grande abraço, Pr Marcello Oliveira

veja a estréia do meu singelo blog: http://www.davarelohim.blogspot.com

Anônimo disse...

Querido GEREMIAS.
Pimeiro entendo suas interpretaçoes, movidas por interesses politico e motivadas por uma opçao que vc mesmo declara.(sustentar seu padrinho)
Vc viveu a sombra do Pr. José Welington todos esses anos, viveu e sobreviveu disso,encontrar alguma falha no Pr Samuel Camara, deve lhe trazer satisfaçao, porque aí vc encontraria combustivel para escrever contra ele e destilar todo seu veneno. Vc precisa se mostrar eficiente a quem lhe paga, vc precisa manter a fonte de suas benesses. Vc acaba construindo um topico teologico contra vc mesmo: NAO SE PODE CONTAR SONHOS PERTO OU A GENTE INVEJOSA E TRAIÇOEIRA. Seja usando um texto como pá ou inveja e alguns tolos, eles vao cavar um buraco e jogar o pobre sonhador dentro dele. Vc foi tao infeliz e se mostrou de carater duvidoso quando ousou endossar as suspeitas de um CARNAL, que tenta insinuar q o Pr. Samuel irá fazer abertura para os gays.
Vc deveria olhar um pouco pro seu passado, antes de tentar criar um clima para q se apedrejem um UNGIDO DO SENHOR.
nao SEI SE VC SERÁ MACHO o suficiente para PUBLICAR MEU TEXTO.
MAS N ESPERO MUITA COISA DE GENTE Q USA A BIBLIA PRA ESCONDER SUA COVARDIA.

Anônimo disse...

Pr. Geremias,

Não sou assembleiano, não sei quem são os candidatos à CGADB e até onde eu saiba, o processo não me diz respeito.

Mas só o fato de vê-lo refutar as baboseiras dos "sonhadores apaixonados" (by Ciro) já valeu a leitura do texto. Não aguento mais tanto cântico e pregação com "sonhe os sonhos de Deus", "gere os sonhos de Deus", "viva os sonhos de Deus" e etc ad infinitum.

Se até mesmo um pastor que postula um cargo na maior representatividade pentecostal embarcou nesta cantilena, então a coisa é mais séria do que mera falta de criatividade musical...

Em Cristo,

Clóvis

Unknown disse...

A paz do Senhor, Pr.Geremias!!Muito feliz em sua análise sobre a vida de Jósé!
Alem do mais vendo que mesmo com todo o poder que lhe foi dado, não retornou á casa de seu pai para rever depois de 13 anos como escravo, o7 como governante (tinha soldados e grander poder) e mais 02 de fome. Precisou o SENHOR intervir em seus sentimentos para poder perdoar seus irmãos!
O senhor estava no controle de tudo!!! E amava a José e deu-lhe a oportunidade de perdoar seus irmãos e para isso trouxe seu passado de volta!!!
Deus tremendo!!!
abs
Ev. Nivaldo Ximenes

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Gutierres:

Obrigado pela sua participação. Gostei da "espiritualização da mundanidade". Quando é bom, pomos na conta de Deus; quando é mal, na conta do diabo.

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Gutierres:

Obrigado pela sua participação. Gostei da "espiritualização da mundanidade". Quando é bom, pomos na conta de Deus; quando é mal, na conta do diabo.

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Anderson:

Obrigado pela participação. O irmão é sempre bem-vindo!

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Caro "Evangelho sem mistura":

Sua participação é sempre bem-vinda! Sejamos baluartes em defesa do evangelho.

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Caro "Evangelho sem mistura":

Sua participação é sempre bem-vinda! Sejamos baluartes em defesa do evangelho.

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Caro "Ministério Boas Novas:"

Preservar o ensino bíblico é nossa missão contra toda sorte de ataques. Que o Senhor nos ajude nessa batalha.

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Caro amigo e pastor Altair Germano:

Essa é, infelizmente, a realidade. Que esses pesadelos não nos tragam mais estragos.

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Marceao Oliveira:

Obrigado pela participação. Bem cita a frase de Lord Acton. São três áreas difíceis para o homem: sexo, poder e dinheiro. Geralmente, todos os descaminhos têm por trás uma dessas razões ou as três juntas.

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Caro pr. Enaldo (?):

O seu post, pela vulgaridade do linguajar, por si mesmo se descontrói. Não precisa sequer ser respondido.

Deus lhe abençoe.

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Clóvis:

Pois é. Todos querem sonhar, mas ninguém quer enfrentar as agruras de José Oremos para que as nossas vozes possam soar mais alto do que a dos arautos da teologia dos "sonhos".

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Caro ev. Nivaldo Ximenes:

Seja sempre bem-vindo ao blog. AInda bem que o nosso Senhor é capaz de mudar sentimentos, quando lhe damos guarida.

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Leopoldo Gomes: Ou seria... deixa pra lá!

Você disse que usou o profile de seu "filho" por não ter blog nem acesso ao orkut. Só que lá, no tal profile (você conhece bem a linguagem!), sequer é possível identificar quem é o seu "filho".

Você não acha impróprio para um cristão navegar pela internet escondendo-se no anonimato ou em profiles que não podem ser identificados?

Oro por você!

Pastor Geremias Couto disse...

Caro pastor Antonio Allan Bastos:

O seu post traz sérias acusações bastante explícitas. Publicá-lo poderia acarretar ações penais tanto para o irmão quanto para o proprietário do blog que veiculou a informação. Portanto, para preservá-lo e a mim, não será publicado.

Deus lhe abençoe

juberd2008 disse...

Pr. Geremias,

Minha posição é a mesma que expressou o irmão Daladier, e gostei de sua resposta ao mesmo. O que eu espero, é que independente do resultado da próxima eleição, não haja outra cisão na denominação, como ocorreu a vinte anos atrás.

Abraço.

Anônimo disse...

Enaldo,

Como disse, não sou asembleiano e não tenho interesse direto no resultado da eleição, sequer sei quem são os candidatos, apesar de descobrir o nome de dois deles através das leituras neste post.

Mas, se a candidatura do Pr. Samuel Câmara tiver apoio como o seu, na forma como é feito, então, ou ele está muito mal de apoiadores ou os assembleianos estarão muito mal de representante.

Em Cristo,

Clóvis

Unknown disse...

A paz pr Geremias!

Parabéns pelo post. Infelismente vivemos dias da enfatização da teologia dos Sonhos: "Sonhe e ouse sonhar...", "Deus tem sonhos para vc..." "Sonhe os sonhos de Deus, pois jamais vão morrer" e por ai vai.

Como o sr enfatizou, ninguém quer sonhar os sonhos do padeiro mor, nem lembrar. Concordo com o pr Ciro Sanches,os sonhos de José não eram aspirações, projetos, mas visões de Deus através de sonhos concretos.

Penso que enquanto esteve na casa de potifar e na prisão, nunca lhe passou pela cabeça ser governador do Egito.

1 - porque não era príncipe, não era da linhagem real.

2 - Porque era escravo Hebreu e prisioneiro.

Com certeza não ficava alucinado com o trono, sonhando no trono, fazendo barganhas com o copeiro e o padeiro para assentar no trono. Mas lutava simplesmente para sair da cadeia.

Que Deus te abençoe e continuete dando coragem nessa luta.

Abraços
Geziel

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Juber:

Espero, também, que Deus tenha misericórdia de nós! Mas entendo, por outro lado, que Deus, na hora oportuna, vai julgar aqueles que, com roupa de cordeiro, estão agindo de má-fé dentro da igreja, sejam quem forem.

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Clóvis:

Você respondeu ao "Enaldo", mas se eu publicasse aqui os posts anônimos e outros enviados através de profiles com dados indisponíveis, sua decepção aumentaria. No entanto, já deu para você e muitos outros perceberem em que terreno estamos pisando.

Ore por nós.

Pastor Geremias Couto disse...

Caro Geziel:

Os pontos que o irmão mencionou acrescentaram valor ao meu comentário. Eis aí mais alguns motivos para acreditarmos que José jamais "sonhou", no sentido de aspirar, em ser governador do Egito.

Abraços

Pastor Geremias Couto disse...

Para "amenizar o sofrimento" do anônimo de sempre, aquele de estilo inconfundível, que, tal qual o diabo "passeava" pela terra, também "passeia" pela Internet,ora no absoluto anonimato, ora através de profiles com dados indisponíveis, ora em blogs sem responsável identificado, informo que não pertenço ao quadro de funcionários da CPAD desde 1997, portanto, há 12anos.

Irmã Leda Campos disse...

A paz do Senhor! É verdade, muitos hoje em dia não esperam mais o Senhor chamar , ou seja coloca-lo numa determinada posição na igreja, aguardar o tempo de Deus na sua vida, mas estão agindo como certos políticos, corruptos que fazem de tudo quer seja certo quer seja errado não importa, querem o cargo de todo jeito, esses crentes precisam se converterem, e deixar Deus agir nas suas vidas. Uma briga imensa pelo poder está tomando conta da igreja do Senhor, devemos orar, buscar mais a Deus para que ele nos ajude a combater essa concorrência que existe no nosso meio, e fazermos como José, que mesmo sofrendo por ter sonhado, esperou a providência de Deus na sua vida e o tempo de Deus chegou na vida dele. Amém

Unknown disse...

Pr. geremias, achei oportuno transcrever aqui um artigo de um pastor sobre este assunto de eleição de CGADB:

Lamentável
Ao escrever essas linhas, é com sentimento de tristeza que reflito sobre a 39ª Assembléia Geral Ordinária da CGADB.
Recebi a notícia de que quase 17.000 pastores inscreveram-se para participar da próxima AGO em Vitória-ES. Confesso que estou triste não pela quantidade de pastores (ministros), mas sim pela aparente motivação que leva a maioria dos mesmos a esta Convenção Geral. Se não houvesse eleições este ano e a AGO fosse convocada para uma semana de reflexão, jejum e oração; ficaria surpreso se o número de inscritos passasse de 2.000.
Nos últimos 2 anos (final de 2006 ao término de 2008) o numero de pastores consagrados subiu quase 50% (dados oficiais). Estas consagrações não ocorreram porque houve a necessidade de mais pastores dado a proporção do crescimento em 50% da denominação. Seria ingenuidade de minha parte crer nisto. Essas consagrações se deram em sua maioria por necessidade de mais votos! Durante a última AGO da convenção a que pertenço, COMADESPE, em Janeiro deste ano, o presidente da CGADB trouxe a palavra devocional no ultimo dia e durante a sua palavra incentivou todos os pastores a irem a Vitória para votarem, dizendo que “apenas perderiam um dia. Sairiam de Sao Paulo na Quarta-Feira à noite, amanheceriam em Vitória na Quinta-Feira, votariam e poderiam voltar a São Paulo no mesmo dia”. Se este “circo político” não for desarmado, não me surpreenderei se na AGO de 2013 tivermos 30.000 pastores inscritos e realizarmos nossas plenárias no Morumbi, Maracanã ou outra praça de esportes do nosso país.
Dados obtidos extra-oficialmente nos bastidores dos candidatos na campanha eleitoral pela presidência da CGADB em 2007 apontam que mais de 5 milhões de reais foram gastos em função de uma eleição. Se fizermos a projeção para esta eleição os valores passam de 10 milhões de reais. Eu pergunto ao leitor, o que poderia ser feito para o Reino de Deus com todo esse dinheiro? Quantos templos poderiam ser construídos? 150 templos com capacidade para 300 pessoas, abrigando 45 mil crentes. Quantas famílias de missionários poderiam ser sustentadas no campo missionário por 2 anos? Poderíamos sustentar 312 famílias com um salário médio de R$ 4.000,00 mensais. Quantas Bíblias poderiam ser distribuídas com objetivo evangelístico? 1 milhão de pessoas receberiam uma Bíblia gratuitamente. Quantas cruzadas evangelísticas de grande porte poderiam ser realizadas no Brasil? 30 grandes cruzadas poderiam ser realizadas custando R$ 500.000,00 cada uma. Somando-se a isso, muitas outras coisas poderiam ser feitas que produziriam resultados diretos. Mas parece que estes “bons costumes” de evangelizar, construir mais igrejas, fazer missões e ver almas salvas estão em baixa. Precisamos revisitar Atos dos Apóstolos e reconsiderar nossas práticas à luz do propósito original da Igreja.
Sou filiado a CGADB desde 1984 e nos últimos anos tenho observado o caráter extremamente político que nossa convenção tem tomado. A situação e oposição consomem boa parte de seu tempo e energias tentando se manter ou assumir o poder, enquanto questões fundamentais não são abordadas. Com muita rapidez foi formado um Conselho Político que não consegui ate hoje entender sua real finalidade. No entanto, não temos ainda um departamento de Jovens, Infantil e Senhoras. Estes departamentos em nível de CGADB poderiam desenvolver estratégias evangelísticas e oferecer apoio às igrejas da denominação para alcançar este grande segmento de nossa sociedade para Cristo. A maior parte de nossas igrejas tem uma campanha do quilo, mas em nível de denominação não temos um departamento de ajuda humanitária para prestar auxilio a população em momentos de crise e catástrofes, e quando estas acontecem são feitas mobilizações de última hora que surtem pouco efeito e parecem mais uma campanha de marketing denominacional.
Quando surgem divergências de pensamento e opiniões (que ocorrem normalmente em qualquer organização) ao invés de resolvê-las a volta da mesa da cozinha com oração e amor cristão, vamos para a televisão lavar nossa roupa suja em rede nacional, mostrando ao mundo uma imagem negativa sobre a igreja.
O meu desejo para nós pastores da CGADB é que a oração sacerdotal de Cristo se cumpra em nossas vidas (Jo 17).
Postado por Mark Lemos às 17:50