segunda-feira, 2 de maio de 2011

João Paulo II, santo?

O Vaticano promoveu a cerimônia de beatificação de João Paulo II neste domingo, 1° de maio, diante de mais de um milhão de pessoas na Praça de São Pedro. Este se constitui o primeiro passo para torná-lo santo. Agora, o alto clero romano depende da descoberta de um "segundo milagre" para que a segunda e última etapa se conclua. 

Após escrever algumas frases sobre isto no twitter, lembrei-me de imediato que uma de minhas primeiras postagens no blog, nos idos de 2007, tratou de um artigo escrito pelo senador José Sarney, pedindo que o processo fosse acelerado. Resolvi republicá-la pela sua atualidade. Ei-la abaixo:

Li, ontem, a coluna de José Sarney, publicada em alguns dos principais jornais do país. Ele atirou no que viu e acertou no que não viu. O senador defendeu a imediata canonização de João Paulo II.

Disse que o processo conduzido pelo Vaticano para tornar alguém santo é uma burocracia herdada da Igreja medieval, desnecessária nos dias de hoje, e deixou a entender que milagres não caracterizam santidade alguma, mas a vida piedosa dedicada a Deus e ao próximo. O que teria sido a marca da vida do papa anterior. Assim, Bento XVI teria todos os motivos para canonizá-lo de imediato.

Em certo sentido, está certo José Sarney. Muitos, naquele dia, dirão que realizaram muitos milagres, mas não herdarão o Reino dos céus, porque não tinham vidas consagradas. Eram lobos vestidos com pele de cordeiro. O ex-presidente só se esqueceu de acrescentar algumas outras coisas:

1) tornar alguém santo não é prerrogativa de nenhum papa, não é título honorífico e nem algo que se concede como mérito ao esforço humano;

2) nenhum santo, seja ele quem for, canonizado ou não, de Pedro a João Paulo II, tem capacidade mediadora ou de intercessão em favor dos vivos. Só Jesus, o único mediador entre Deus e homens;

3) Por último, tornar-se santo é um passo simples e fácil: basta crer em Jesus como todo suficiente Salvador. Não depende, de fato, de qualquer processo ou reconhecimento de nenhuma instância religiosa. É um ato da graça de Deus, em Cristo, que reconhece a todos quantos creem em seu bendito Filho e o confessam diante dos  homens como verdadeiros e amados santos. Não é, também, sinônimo de perfeição, mas apenas a forma pela qual Deus nos vê em Cristo Jesus.

Se cremos no Senhor e ele nos recebe, somos santos.

4 comentários:

Unknown disse...

Querido pastor Geremias,

Simples, prático e forte. Assim classifico o texto em apreço. Apenas senti falta de alguns versículos para embasar melhor seu argumento. Portanto não falo isso para o entendimento dos cristão salvos, mas os "não salvos" os quais podem ignorar a mensagem por não haver um subsídio para uma pesquisa a título de curiosidade.
Creio que o senhor não cometeu nenhum deslize ou esquecimento, afinal é tão óbvio o assunto, não é?
Um grande abraço,
Irmão André Silva - Carpina - PE

GERALDO CARDOSO disse...

A paz do senhor pastor Geremias.
Estou visitando seu blog pela primeira vez e apreciei o conteudo das postagens.Continue assim,pois e de pastores com essa visão que precisamos.

Silvano G. Amorim disse...

quinta-feira, 19 de maio de 2011
Vereadores de Belém do Pará protestam contra CGADB
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Poder público reprova atitudes da Convenção gGeral das Assembleias de Deus EM Belem.
Câmara Municipal de Belém Emite Protesto

A câmara municipal de Belém do Pará emite documento de protesto as ações que a CGADB e COMIEADEPA estão realizando contra o patrimônio Histórico e Cultural de Belém que é a Assembléia de Deus.

A Nota de Repúdio surgiu como um grito dos membros da igreja em Belém que não esta satisfeitos com essas ações realizadas em nossa cidade desrespeitando nosso povo.
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Requerimento:

Requeiro, após ouvido o douto plenário e respeitadas as normas que regem esta casa legislativa, seja dado a Convenção Geral das Assembléia de Deus no Brasil – CGADB e Convenção de Ministros e Igrejas Evangelicas da Assemléia de Deus do Estado do Pará – COMIEADEPA VOTOS DE PROTESTO, por convocarem todas as igrejas do Estado do Pará e do Brasil para uma festa paralela do Centenário, sem convocar a igreja-mãe e por conseguinte atrapalhando o evento do Centenário da Igreja-mãe.
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Justificativa:

É no mínimo lamentável, vergonhoso e desonroso que os dirigentes nacionais das Assembléias de Deus não reconheçam a igreja-mãe “principal motivo da festa do Centenário” como parte integrada das comemorações a nível nacional chegando ate a fazer uma programação paralela uma semana antes da programação oficial da igreja-mãe, impossibilitando os pastores e membros de todo o Brasil estarem presentes na festa programada pela igreja-mãe.

Fonte Assembleia de Deus Belém do Pará

Unknown disse...

Muito esclarecedor. O texto é de uma beleza inteligente que convence sem esforço algum. Que Deus continue te usando desta maneira tão forte pastor.
Um abraço!